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A mostrar mensagens de 2017

No dia em que voltares para mim.

Um coração partido, uma alma empobrecida, sonhos destruídos, a constante procura pelo aconchego na solidão que floresceu com a tua ausência. Eu dizia para ires embora. Mas tu sempre voltavas. Um grande amor nunca se esquece, sabes? Não importa o motivo que antecipou o nosso término, não importa quantas vezes me olhe no espelho e diga que já não quero saber, não importa quantas pessoas conheça, com quantas me tente enganar achando que me és indiferente. Esquecer um grande amor é mais do que, simplesmente, tentar não lembrar de ti. É mais do que fingir que não te conheço, atravessar a rua para evitar um encontro contigo que se tornaria numa enorme nostalgia que me deixaria totalmente arrasada. Esquecer um grande amor implica esquecer todos os planos que fizemos juntos, esquecer o cheiro do teu perfume, o conforto do teu abraço. É esquecer o nosso primeiro encontro, o nosso primeiro beijo, e o último. É esquecer a primeira vez que disseste que me amavas, é cruzar com os teu

(Re).

Primeira lei da vida: os términos de uma relação podem ser catastróficos.  Deixam marcas quase insuperáveis, que teimam a resistir ao tempo e nos consomem de forma  avassaladora. Depende de nós reconstruir-nos, ou deixar-nos ser vencidos. (Re)constrói-te. Não importa o quanto investimos, não importa toda a dedicação que damos ao outro, quando os sentimentos começam a esvair-se, resta-nos apenas aceitar e seguir em frente.  Mas isso nem sempre acontece.  Terminar uma relação não é tão linear como mudar o estado "civil" no Facebook, não é tão fácil como apagar as fotos do Instagram, ou como guardar todos os presentes e fotografias espalhadas pela casa numa caixa que fazemos questão de esconder na última prateleira do armário. É como se fosse arrancado um pedaço de nós. São dias, meses, anos da nossa vida que parecem ter sido em vão, são os planos fracassados, a assombração do sentimento de que falhamos.  Não importam as razões, não importam os motiv

A pessoa que te abraça ao adormecer, é a mesma que te abraça quando choras?

Três anos.  Três anos se passaram entre as tuas idas e vindas. Três anos e a minha casa continua a ter tanto de ti. Três anos e continuas a ser tanto em mim. Maldição! Perdi a conta das vezes que dizias que ias embora quando, na verdade, continuavas tão presente. Perdi a conta das vezes que dizias que nunca irias embora, e na verdade acabavas por ir. Foste embora uma, duas, três, quatro vezes? Já não sei bem. Mas foste. Continuas a ir. E em todas as vezes levas um pedaço de mim. Todas as vezes que te aproximas, para me fazer sentir novamente a dor da tua partida, arruínas com a minha sanidade mental. E é já tão pouca a que me resta. Vais embora porque é complicado. Porque relações são complicadas. Porque tu és complicado. Então deixa que te conte um segredo. Os relacionamentos não são complicados, as pessoas não são complicadas. Complicado é apenas a palavra usada frequentemente para justificar as más decisões, ou falta delas. A falta de interesse e a des

Aceitas ser feliz comigo, Carolina?

Não tenho um anel para te oferecer, não tenho um ramo de rosas nem contratei músicos para tocar violino enquanto te fazia a pergunta mais importante da minha vida. Não tenho muito para te oferecer, mas tenho uma parte do meu armário para colocares as tuas coisas, comprei-te uma almofada nova, e arranjei espaço para a tua escova de dentes. Não tenho muito para te oferecer além do meu amor e do meu pequeno apartamento, mas o pouco que tenho é teu. Aceitas ser feliz comigo, Carolina? Prometo amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na ausência dela, nos dias em que acordes mal disposta ou o meu próprio respirar te irrite por estares de tpm. Prometo apaixonar-me por ti todos os dias como se fosse a primeira vez, e quando nos chatearmos, prometo lembrar de todos os motivos que me levaram a querer ser inteiramente teu, de corpo e alma. Prometo lembrar-me do quanto sou sortudo em ter uma mulher tão sexy como tu sempre que alguma colega do ginásio levar uma ro

(Quase) foi amor.

Quando permito que a nostalgia tome conta de mim, torna-se inevitável não relembrar de ti, de nós. Faz tempo que éramos apenas dois miúdos no início da adolescência, considerados o oposto um do outro, no entanto dispostos a tudo para ficar juntos. Durante algum tempo fomos chamados do casal perfeito. E podíamos ter sido. O primeiro amor é sempre o mais marcante, já ouviste dizer?  Soube desde a primeira vez que te vi que irias entrar na minha vida de forma arrebatadora, mas nunca imaginei que fosse de uma maneira tão intensa. Perdoa-me por te ter virado a cara todas as vezes que tentaste me beijar, obrigando-te a "comer" os meus cabelos loiros como tu dizias. Perdoa-me por não ter sabido lidar com o medo que tinha de te perder, e por te ter afastado de mim de forma tão parva e brusca. Entre nós sempre houve um enorme paradoxo. Quanto mais te afastava, mais te queria por perto. E quanto mais perto estavas, mais te afastava.  Perdoa-me por isso.  A adolescência é

E o namorado, como vai?

A última vez que me perguntaram pelo namorado, respondi que provavelmente estava a comer uma tortilha no México.  Riram-se e a conversa ficou por ali.  Felizmente. Após o término de uma relação, como se não fosse já suficiente ter de lidar com os motivos que levaram ao seu fim, somos, ainda, constantemente bombardeados com as mais diversas perguntas sobre o porquê de isso ter acontecido. Lembro-me da altura em que só se sabia que alguém estava de namoro ou casamento marcado porque se ia espalhando a notícia pelas aldeias. Mas hoje, hoje coloca-se um evento no Facebook ou fotografias com declarações de amor eterno e todos os amigos, familiares e seguidores ficam a saber da novidade. E quando termina, coloca-se, novamente, um aviso nas redes sociais. Acreditem, é tão mais fácil de evitar perguntas desnecessárias. Já para não falar que, avisar que se está de novo no mercado dos solteiros é uma forma fantástica para encontrar o próximo companheiro. Somos tão práticos em começa

Não me iludo mais com a ideia de perfeição, mas ainda acredito no amor.

Quando uma relação termina, independentemente do motivo, não é o que se viveu que realmente nos magoa. São os planos fracassados, os sonhos que desmoronaram. Num momento de maior fragilidade, deixamos a mágoa falar mais alto, e as palavras ódio e arrependimento parecem tomar conta de tudo o resto. Quando uma relação termina, a ausência do outro torna-se cruelmente insuportável. Queremos odiá-lo a todo o custo porque dói demasiado admitir que ainda o amamos. Proferimos várias vezes a expressão "maldita a hora" ou "se o arrependimento matasse" . Quando uma relação termina, deixamos de ter o melhor lado do amor para enfrentar as suas consequências. Por vezes, não temos consciência do quanto somos felizes, até que essa felicidade acaba e só então percebemos, da pior forma, o quanto ela nos preenchia. Não existe ódio onde existe amor.  O amor, quando existe, é de forma poderosa e gratificante, não permitindo haver uma única brecha para caber qualquer outro sent

A culpa não foi dele por não me conseguir resistir, foi minha porque o provoquei. Lamento.

Queridos pais, Se estão a ler esta carta, então saberão para onde foram todos os comprimidos que desapareceram da mala da mãe. Passaram cinco anos e eu sinto cada vez mais nojo de mim mesma. Não consigo adormecer sem que aquele homem apareça nos meus pesadelos. Por mais que tente, não consigo deixar de sentir o cheiro dele, o respirar no meu pescoço, o toque por todo o meu corpo. Fecho os olhos e sinto as suas mãos a apertarem-me o pescoço. E eu choro, grito por ajuda, e ele sorri. Quanto mais grito, maior é o prazer para ele. Consigo vê-lo no seu olhar. As suas mãos continuam em volta do meu pescoço, sinto cada um dos seus dedos nas minhas veias, apertando cada vez com mais força. Sinto-me a sufocar. Por momentos penso que vou morrer, e agrada-me tanto a ideia só para deixar de sentir o suor dele cair sobre a minha pele. Quanto mais tento sair debaixo dele, mais ele me agarra. E eu desisto. Perdoem-me, pai, mãe, perdoem-me por eu ter desistido, mas as forças começaram a d

Desapego.

Deixar para trás tudo aquilo que não nos leva para a frente. Quem nunca ouviu essa expressão? Os pormenores podem diferenciar, mas os motivos, esses são os mesmos. Cansaço, desilusões, falta de interesse em se interessar pelos outros. Como foi que nos perdemos tanto? Quando as mágoas se sobrepõem às alegrias, começamos a construir uma barreira de indiferença à nossa volta. Dizemos que não nos incomoda, não nos afecta, usamos expressões como "é sempre roda no ar" ou "a fila anda". E a grande questão é que isso se torna verdade.  Cada pessoa que cruza o nosso caminho traz consigo uma lufada de expectativas. Expectativas geram desilusões, e quando damos por nós, inevitavelmente estamos a recomeçar tudo de novo. É um ciclo vicioso do qual queremos sair, e para isso refugiamo-nos nas noitadas com os amigos, nas cervejas e nos encontros de sábado à noite com alguém que não nos damos ao trabalho de decorar o nome porque no dia seguinte não vamos lembrar mais dela

Um milhão de motivos.

Deixei de contar o tempo que passou desde a última vez que te vi. Confesso que perdi todo o entusiasmo em planear a minha semana para estar contigo, porque sabia que tu não irias poder. Nunca podias. O teu tempo era demasiado ocupado para me incluir nele. E eu entendi isso. Um, sozinho, não ama por dois, devias saber. Aceitei todas as tuas desculpas, fingi que não me incomodava todas as vezes que me deixavas a falar sozinha, enganei a mim mesma porque queria acreditar que desta vez seria diferente. Porque soube desde o primeiro dia qual era o meu lugar, mas acho que, assim como qualquer pessoa com o mínimo de esperança, não queria aceitar o facto de não estar na tua lista de prioridades, nem lá perto sequer. Às vezes questiono-me se alguma vez tiveste um pequeno interesse em me incluir na tua vida. Quando dei por mim, inconscientemente, deixei de visitar os teus perfis nas redes sociais, deixei de procurar saber de ti, saber como andava a tua vida, se estavas com alguém ou não.

Silêncio.

O silêncio é o maior grito que existe na ausência de palavras. Tu sabes quando estás a mais, tu sabes quando do outro lado o encanto se perdeu, quando o interesse deixou de ser mútuo. Tu consegues perceber quando és a única a lutar por uma coisa em que apenas tu acreditas. Tu sabes, mas preferes ignorar. Preferes fingir que não entendes, que está tudo bem, preferes continuar a insistir numa história que provavelmente não passa de uma ilusão na tua cabeça. Deixas o orgulho de lado e continuas a imaginar a tua vida ao lado de uma pessoa que a esta hora está do lado de outra que não tu. E tu sabes disso. Mas preferes ignorar. Até quando? Até onde alguém vale a pena o suficiente para te humilhares dessa maneira? Já pensaste que todas as vezes que lhe mandas mensagem a dizer que sentes a falta dele, o facto de demorar a chegar uma resposta é por ele estar com outra? Ou por não sentir o mesmo que tu? Queres muito acreditar que todas as juras de amor que te fez não foram em vão, que ta

Nunca te esquecerei, mesmo que um dia a senilidade me obrigue a tal.

Estamos em pleno inverno, faz um frio insuportável lá fora. O alpendre está coberto de neve, e a tua cadeira de baloiço continua no mesmo sítio, vazia, mas tão cheia de memórias.  A falta que me fazes.  Querida Maria, Esta é apenas mais uma das muitas cartas que te escrevo diariamente a contar como foi o meu dia.  Hoje foi um dia de imensas tarefas. Limpei a casa, fui ao supermercado, cortei o cabelo e passei o resto do dia a resolver as palavras cruzadas do jornal. Uma das perguntas era qual a palavra que designava o sentimento de quando se perdia alguém. Saudade, vazio, dor, solidão. Não me consegui decidir de qual se adequaria melhor. Desculpa, meu amor, por ser tão repetitivo, mas a dor da tua ausência é tão avassaladora. O que outrora era "mais um dia" agora é "menos um dia", menos um dia na contagem decrescente para me voltar a reencontrar contigo.  Nunca entendi porque as pessoas perdem o gosto pela vida sabes? A minha vida a teu lado era tão per

As gerações mudam, as pessoas mudam com ela, e a maneira de amar também. Infelizmente.

Não faz muito tempo estava a viver a minha adolescência. Na altura o meu telemóvel não tinha câmara fotográfica, as selfies ainda não estavam na moda, não havia Facebook, Snapchat nem nada das redes sociais que hoje usamos. Sou do tempo do Hi5 e da Netlog, coisa que 90% dos (agora) adolescentes nem sabem o que é.  Era preciso andar às voltas da escola para ver aquele rapaz que ocupava os nossos pensamentos o tempo todo, as nossas amigas falavam com os amigos dele para dizer que estávamos completamente in love  e eram assim feitos os arranjos.  Os encontros eram feitos nos intervalos, andávamos às voltas da escola ou ficávamos num canto sossegado a conversar, rir e dar uns beijinhos. Ah, os beijinhos. Na altura tinham tanto significado  e hoje em dia são levados como algo tão banal! O fim de semana era horrível. Não estávamos à distância de um telefonema ou uma  sms,  tínhamos de recorrer ao telemóvel das primas mais velhas para mandar uma mensagem ao namoradito a dizer

A vida é feita de escolhas, faz a tua.

O amor nem sempre surge na altura certa. Seremos a prova disso? Quantas não são as histórias que ouvimos de pessoas que anos depois de se terem conhecido ficam juntas? Quantos não são os casais que terminam e um tempo depois se reconciliam?  Não, não é um cliché, não acontece apenas nos livros, nem é errado dar segundas oportunidades, se forem merecidas. Os motivos de as pessoas darem errado são diversos, mas às vezes o problema é o amor que não surge na altura certa. As pessoas precisam crescer, amadurecer. E talvez aquele não tenha sido o momento certo, talvez não estivessem preparados para investir numa relação e as coisas tenham dado errado. Mas o facto de hoje não estarem juntos, não significa que amanhã isso não aconteça.  Nada acontece por acaso. Há quem acredite que o destino esteja traçado, e que por mais voltas que a nossa vida possa dar, sempre voltará ao lugar inicial. E daí se isso acontecer? E daí se dez anos depois voltamos a estar com o nosso primeiro

Já te disse hoje o quanto sou apaixonado por ti?

Paro quando chego perto de ti. Contemplo o teu rosto esbelto como um artista contempla uma valiosa obra de arte. Como poderia não ser apaixonado por ti? Dizem que o amor não anda de mãos dadas com a razão. Seremos a prova disso? Já te disse hoje o quanto sou apaixonado por ti? Adoro o teu ar de envergonhada por saberes que te estou a observar quando sais do banho, a forma como os teus cabelos molhados caem sobre os teus ombros, esse teu sorriso capaz de iluminar os dias mais sombrios. Haverá algo mais belo do que tu? Dois jovens completamente loucos que atravessaram meio mundo com apenas uma mochila às costas. Ninguém apostava em nós, ninguém acreditava que a nossa paixão repentina e aparentemente surreal passaria disso mesmo, uma simples paixão. Sou um sortudo por te ter a meu lado, soube disso desde o primeiro dia em que te vi na estação de comboios, com umas calças rasgadas, uns ténis brilhantes e uma camisola que parecia ter encolhido na máquina de lavar. Soube desde

Tudo bem não estar tudo bem.

Assim como o tempo, há dias de sol, em que a vontade de sair por aí a dançar é maior que tudo o resto. E depois existem os dias de chuva. A culpa é da chuva. Não sei que horas são, perdi a noção do tempo que passou desde que estou dentro do carro, apenas a ouvir a chuva cair. Está tudo escuro, não há ninguém na rua. O silêncio por vezes consegue ser tão avassalador.  Ligo o rádio e todas as músicas me fazem lembrar de ti. Desconfio que esteja na hora das " só baladas ". Tento esquecer, mas as más memórias ganham este duelo nostálgico entre lembrar do motivo que me fez apaixonar por ti, e deixar de querer estar apaixonada.  Disseste que seriamos indestrutíveis, que os outros seriam apenas os outros. E agora só existe um infindável abismo entre nós, tudo porque deixaste que aquela morena de metro e oitenta ocupasse o lugar que devia ser meu.  O voice mail está saturado de mensagens tuas. Não me peças desculpa por teres preferido a ela. O teu arrependimento n