As gerações mudam, as pessoas mudam com ela, e a maneira de amar também. Infelizmente.
Não faz muito tempo estava a viver a minha adolescência. Na altura o meu telemóvel não tinha câmara fotográfica, as selfies ainda não estavam na moda, não havia Facebook, Snapchat nem nada das redes sociais que hoje usamos. Sou do tempo do Hi5 e da Netlog, coisa que 90% dos (agora) adolescentes nem sabem o que é. Era preciso andar às voltas da escola para ver aquele rapaz que ocupava os nossos pensamentos o tempo todo, as nossas amigas falavam com os amigos dele para dizer que estávamos completamente in love e eram assim feitos os arranjos. Os encontros eram feitos nos intervalos, andávamos às voltas da escola ou ficávamos num canto sossegado a conversar, rir e dar uns beijinhos. Ah, os beijinhos. Na altura tinham tanto significado e hoje em dia são levados como algo tão banal! O fim de semana era horrível. Não estávamos à distância de um telefonema ou uma sms, tínhamos de recorrer ao telemóvel das primas mais velhas para mandar uma mensagem ao namoradito a dizer