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A mostrar mensagens de março, 2017

As gerações mudam, as pessoas mudam com ela, e a maneira de amar também. Infelizmente.

Não faz muito tempo estava a viver a minha adolescência. Na altura o meu telemóvel não tinha câmara fotográfica, as selfies ainda não estavam na moda, não havia Facebook, Snapchat nem nada das redes sociais que hoje usamos. Sou do tempo do Hi5 e da Netlog, coisa que 90% dos (agora) adolescentes nem sabem o que é.  Era preciso andar às voltas da escola para ver aquele rapaz que ocupava os nossos pensamentos o tempo todo, as nossas amigas falavam com os amigos dele para dizer que estávamos completamente in love  e eram assim feitos os arranjos.  Os encontros eram feitos nos intervalos, andávamos às voltas da escola ou ficávamos num canto sossegado a conversar, rir e dar uns beijinhos. Ah, os beijinhos. Na altura tinham tanto significado  e hoje em dia são levados como algo tão banal! O fim de semana era horrível. Não estávamos à distância de um telefonema ou uma  sms,  tínhamos de recorrer ao telemóvel das primas mais velhas para mandar uma mensagem ao namoradito a dizer

A vida é feita de escolhas, faz a tua.

O amor nem sempre surge na altura certa. Seremos a prova disso? Quantas não são as histórias que ouvimos de pessoas que anos depois de se terem conhecido ficam juntas? Quantos não são os casais que terminam e um tempo depois se reconciliam?  Não, não é um cliché, não acontece apenas nos livros, nem é errado dar segundas oportunidades, se forem merecidas. Os motivos de as pessoas darem errado são diversos, mas às vezes o problema é o amor que não surge na altura certa. As pessoas precisam crescer, amadurecer. E talvez aquele não tenha sido o momento certo, talvez não estivessem preparados para investir numa relação e as coisas tenham dado errado. Mas o facto de hoje não estarem juntos, não significa que amanhã isso não aconteça.  Nada acontece por acaso. Há quem acredite que o destino esteja traçado, e que por mais voltas que a nossa vida possa dar, sempre voltará ao lugar inicial. E daí se isso acontecer? E daí se dez anos depois voltamos a estar com o nosso primeiro