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A mostrar mensagens de 2019

a m o r .

Pressupõe-se que a vulnerabilidade do amor seja,  muitas vezes, catastrófica, por nem sempre amarmos a pessoa. Às vezes só gostamos da ideia de a amar,  pelo que nos faz ser,  pelo que reconhecemos de nós em si,  mas não por quem ela realmente é.  Enlacemos as mãos, e deixemos que a melodia do silêncio nos envolva. Não fales nada. Permite-me apenas observar-te mais uma vez. Os teus olhos brilham exuberantemente, a tua pele transborda suavidade, e eu sei que poderia ficar o resto da minha vida a abraçar-te até onde os meus braços me permitissem chegar, contemplando cada particularidade do teu rosto esbelto. Quando foi que me permiti amar-te mais do que a mim mesma? Chega perto de mim. Permite-te ouvir o meu coração pulsar serenamente no meu peito, enquanto as minhas lágrimas percorrem o meu rosto. Permite que a tua mente vagueie pelas tuas memórias, e recua ao dia em que nos conhecemos. Permite-te recordar do meu cheiro, do meu toque, dos meus lábios tocare

"Eu quero tu e eu. Quero as conversas pela noite dentro,  a minha cabeça pousada sobre o teu peito. Quero os teus dedos entrelaçados nos meus,  o teu beijo no meu pescoço e a respiração ofegante. Quero noites de filmes, e sonecas no sofá  depois do almoço de domingo. Quero o teu sorriso quando adormeço,  e a tua má disposição matinal. Quero o arroz queimado por estarmos a namorar,  e as apostas ganhas na PlayStation. Quero a roupa espalhada pelo chão do quarto,  a confusão descomunal dos miúdos  a  correr pela casa. Quero a ti, quero a nós. Porque sou egoísta e quero ser feliz. E só posso ser feliz contigo. Obrigada. Por existires. Por seres tu. E, parabéns,  meu amor. " ♡

Quando o amor descansa em nós.

Coração acelerado, formigueiro no estômago,  mãos suadas, dificuldade em respirar. Nervosismo, ansiedade, suspense. Parece um diagnóstico de uma doença qualquer mas,  n a verdade,  são apenas pseudo sintomas do amor. Ah, o amor.  Sempre me disseram que precisava sentir tudo isto quando conhecia alguém que podia ser o meu parceiro no amor. Provavelmente seria alguém com quem me cruzaria no meio da rua ou à saída de uma loja, haveria uma troca de olhares, um sorriso envergonhado e, ups, ali estava ele, amor à primeira vista. Talvez não estejam totalmente errados quando descrevem o amor com tanto cliché , mas hoje sei que o amor é mais que isso. É mais que a euforia dos primeiros meses, o desejo de estar constantemente com a pessoa, de quase não conseguir dormir, respirar, de sentir o coração a saltar pela garganta. O amor pode chegar com a calma de um furacão, ou com a suavidade da brisa do mar. Não desvalorizo nenhum tipo de amor, mas hoje falo de um amor diferente

Amor, por favor!

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Seis meses. Passaram apenas seis meses desde que escrevi a minha retrospectiva do ano de 2018.  Foram palavras minhas quando disse que estava pronta para ti, dois mil e dezanove.  Mas hoje, olhando para estes últimos meses, percebo que afinal não estava.  Hoje escrevo sobre tudo e não escrevo sobre nada. Estou assustada, aterrorizada e sem palavras para tudo o que se tem vivido.  Questiono-me se todas as desgraças que temos tido conhecimento nos parecem demasiado por haver mais divulgação das mesmas, ou se estamos a caminhar para um abismo.  Seria de esperar que falasse deste ano em que nos encontramos apenas no final do mesmo. Mas, honestamente, tenho muito medo de tudo o que ainda poderá acontecer nos próximos seis meses. O que nos está a acontecer? No que nos estamos a tornar?  Questionam-me várias vezes porque só falo do amor.  Talvez esse seja o problema do mundo, a falta de amor.  Quando falo de amor, não falo apenas de ter alguém do nosso

Ficamos por amor. E pelo mesmo, vamos embora.

Dei-lhe um beijo, e pedi bem baixinho que não fosse o último.  No momento em que me preparava para partir, ouvi a sua voz chamar por mim.  Não olhei para trás, sabia que não o podia fazer. Então atravessei a rua, com os olhos lacrimejantes, e coração apertado. Eu sabia que o iria continuar a amar com a mesma intensidade. Ainda que nunca mais voltasse àquela casa. Falamos de recomeços como se fossem tão simples quanto cozer o botão daquela blusa que somos incapazes de deitar fora, como se tudo se resumisse a apagar as músicas que nos caracterizavam, ou deixar de frequentar os lugares que partilhávamos. Falamos de recomeços como se fosse uma fase boa das nossas vidas, como se fosse gratificante "livrarmo-nos" de algo que nos faz mal, esquecendo que outrora foi o que tão feliz nos fez. Fingimos demência, desvalorizamos tudo o que vivemos, como forma de nos proteger da dor avassaladora de saber que aquele amor não existe mais. E assim terminamos uma relaç

Empatia.

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Este texto é diferente de todos aqueles que escrevi até agora.  Este texto é sobre mim.  E sobre ti. Pensei várias vezes se me deveria pronunciar sobre o assunto, e decidi fazê-lo, não apenas por mim, mas por todas as mulheres que estão, já estiveram, ou ainda estarão nesta situação. Ao contrário do que falam sobre o meu blogue, não, não é o meu diário digital, não é uma cópia de textos já feitos na internet, não são histórias imaginárias, ou indirectas para algum ex namorado. Apaixonei-me por ti e agora? é nada mais que sentimentos, são histórias que acontecem todos os dias com alguém. O seu único objetivo é mostrar que, para quem se identifica com eles, não está sozinho. Empatia.   Às vezes questiono-me se algumas pessoas saberão a definição desta palavra. Faz tempo que a vida tem sido cruel comigo. Não é fácil sentir que temos o mundo a cair em cima de nós, e ainda assim continuar a sorrir como se nada fosse. Isso pode até resultar durante algum tempo, ma

Vinte e quatro anos. E agora?

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Vinte e quatro anos. Vinte e quatro anos de mudanças, de amores e desamores, de encontros e desencontros,  partidas e chegadas. Vinte e quatro anos de muitas lágrimas mas também de muitos sorrisos. Cheguei aos vinte e quatro.  E agora? Hoje celebro um paradoxo. Embora seja uma pessoa totalmente diferente daquela que era à cinco ou dez anos atrás, reencontrei a essência da miúda feliz, em paz consigo mesma, que julguei ter perdido para sempre. Hoje não recebo centenas de mensagens como outrora aconteceu, hoje não tenho as redes sociais invadidas com mensagens de pessoas que nem conheço. Hoje, todas as mensagens de carinho e afecto que recebo são de pessoas que gosto, pessoas que gostam de mim, que, cada uma do seu jeito, fazem parte da minha vida. Acho que isto faz jus àquela expressão de que quantidade não significa qualidade. E eu sou uma sortuda por estar rodeada de tantas pessoas boas! Tudo o que acontece tem sempre um propósito.  E por vezes, as mudanças

Porque o nada em mim é tanto.

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Mas, hoje, não peço nada,  Porque um dia muito pedi, E o muito que pedi, O nada me trouxe.  E o nada pode ser tanto. Abre a janela do teu quarto, desliga o telemóvel, pega na tua chávena de chá, e senta-te no alpendre com a manta sobre as pernas. Ouve o som dos pássaros, sente o cheiro da terra molhada, permite que a brisa envolva o teu rosto. Quando foi a última vez que fizeste isso? Quando foi a última vez que ficaste sozinho, contigo mesmo? Eu sei, é difícil. É difícil lidar com a vida, com as pessoas, estarmos sobre constante pressão, atendermos às expectativas que nos incutem sem nunca termos possibilidade de responder à questão mais importante da nossa vida: somos felizes ? Torna-se um pouco ridículo de tão irónico que é as pessoas sempre te perguntarem se estás bem, mas nunca se importando realmente com a tua resposta. Acho que na maioria, quando perguntam se estás bem, interiormente estão a rezar para que digas que sim e a conversa ficar por ali. E t