Para todo o final, um novo começo.
São incontáveis as tardes de domingo que passamos à beira mar. Adorava a forma como o teu cabelo ficava todo despenteado do vento, a forma como tentavas olhar para as outras miúdas sem que eu percebesse. Fingia que não percebia, mas questionava sempre "que idiota, porque me haveria de sentir insegura?". Estavas comigo, não com elas. Isso devia dizer muita coisa. Certo? Errado. Ainda me lembro de quando fui jantar a tua casa a primeira vez. Fizeste questão de me preparar para a responsabilidade que ia ter. Conhecer os teus pais era importante, era quase como se no momento em que passasse aquela porta, estivesse a afirmar "calma, eu daqui a pouco vou para casa, mas volto, sempre vou voltar". Eu realmente tencionava fazer isso, juro. Odeio pessoas que amam apenas partes. Chovia demasiado naquele dia em que, tarde da noite, afirmaste que numa decisão futura que nem tinha ainda sido tomada, te iria desiludir, trair. Provavelmente essa foi a primeira vez em q