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Hello from the outside.

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Dois anos. Dois anos passaram desde a última vez que te vi, dois anos em que não sei o que é passar um dia sem lembrar de ti com lágrimas, sem sentir um terrível aperto no peito, um enorme sentimento de culpa por não ter sido capaz de me despedir de ti. Não fui capaz de te tocar, de te dar um último beijo. Desculpa, mas não consegui despedir-me de ti, e hoje, dois anos depois, continuo sem o conseguir fazer. Porquê? Porquê tu? Tenho imensas perguntas para as quais não arranjo justificação credível. Não é justo! Revolta-me imenso saber que foste embora sem o teres desejado. Que acabaram com todos os teus sonhos, os teus planos, sem teres feito algo para merecer isso. Talvez para encontrar um pouco de conforto, as pessoas digam para si mesmas que Deus leva os melhores cedo para junto Dele. Mas isso em nada me conforta. Se a eternidade realmente existe, nada justifica que te tenham levado assim, desta forma tão cruel. Nada te posso pedir, nada te posso dar. Mas esteja

Hoje, eu amo-me. Antes de amar a ti, amo a mim.

Mente silenciosa e coração calmo.  Pela primeira vez desde que te conheci não peguei no telemóvel após ter acordado para ver se te tinhas lembrado de mim, não lamentei nem senti pena de mim por estar sem ti.  Hoje, antes de pensar em ti, pensei em mim. Tomei um duche relaxante, vesti a minha melhor roupa e coloquei aquele perfume que tanto adoro e só usava quando estava contigo. É, durante meses tratei-te como a minha prioridade e tu nem percebeste isso. Não vou mentir, claro que questionei sobre como estarias, se sentias a minha falta, mas não deixei que esse pensamento tomasse conta do meu bom humor. Hoje não. Durante meses foste o meu primeiro e último pensamento. Acho que não tens a mínima noção do que sinto por ti. Na verdade acho que nunca terás. Anyway. Sem que eu percebesse, tu, sim tu, tornaste-te a personagem principal da minha história. Tinhas uma assustadora influência em mim. Não penses que por escrever isto significa que te esqueci. O meu sentimento em nada mudo

Não foste o primeiro, mas sei que serás o último.

Desculpa por o meu primeiro beijo não ter sido contigo, por as minhas primeiras palavras de afeto, desejo, não terem sido dirigidas a ti. Queria que assim fosse, juro que tentei, mas falhei.  Desculpa. Esperei toda a minha vida por ti, mas perdi-me. Tentei achar-te em outras pessoas que cruzaram a minha vida, e hoje agradeço por não ter dado certo com nenhuma delas. Não queria ter cometido tantos erros, mas foram eles que me fizeram reconhecer-te, foi por tantas ilusões vividas que quando te olhei nos olhos percebi que eras tu. Eras, és e sempre serás tu. Confesso que no início tive dúvidas, achei que seria só mais uma ilusão, um sentimento que iria desaparecer com a erosão do tempo. Não imaginas o tamanho da minha surpresa. Li algures que o homem mais importante na vida de uma mulher não é o primeiro mas sim aquele que não deixa existir mais nenhum. Mas até que ponto faria sentido estas palavras? Antes? Nenhum. Agora? Todo! Existiu alguém antes de ti, não consigo mudar iss

Como posso aceitar que te perdi ?

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528 dias depois aqui estou eu, tentando fingir que nada aconteceu, que tudo foi um mero mal entendido, e que as imagens que tenho na minha cabeça não passam de um pesadelo, daqueles bem realísticos que costumo ter. Como posso aceitar que te perdi ? 528 dias depois aqui estou eu, inconformada, inconsolável, arrasada, perdida, esperando que alguém me toque no braço e diga "calma, está tudo bem, ele está bem, já podes parar de chorar". Como posso aceitar que te perdi? 528 dias depois aqui estou eu, a ver o tempo passar, como sempre fiz durante todos estes anos. A diferença é que agora sei que não te voltarei a ver. Dói, dói tanto, lembrar de mim, de ti, de nós, e saber que tudo acabou, que todas as minhas memórias não passarão disso mesmo, memórias. Que não importa quantas voltas eu possa dar ao mundo, não te acharei em nenhum lugar. Haverá dor maior que essa? Haverá coisa pior que não o vazio que a tua perda deixou em mim? Como posso aceitar que te perdi? 528 d