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A mostrar mensagens de abril, 2016

Será que sentes a minha falta?

Passaram meses desde a última vez que nos vimos. Como estás?  Interrogo-me diariamente se estás mais gordo, qual o corte de cabelo que usas, se continuas a usar as mesmas roupas, se tens barba, se estás solteiro, casado. Já não sei nada sobre ti. Na verdade nunca soube.  Conheci-te desconhecendo-te. E apaixonei-me por ti, pela pessoa enigmática e tão previsível ao mesmo tempo que és. Será que sentes a minha falta? Será que, em alguma parte do teu dia, te lembras de mim? Até hoje não consigo esquecer aquela mensagem inesperada dizendo que sentias a minha falta, que tinhas saudades minhas, que querias estar comigo. Não consigo esquecer, porque foram os segundos mais longos em que me perdi no tempo, em que acreditei que sim, o meu amor por ti poderia ser correspondido, mesmo que com menos intensidade. Passaram meses desde que me mandaste essa mensagem, e parece que a minha presença não fez mais falta em ti. Não me procuraste, não retomaste as minhas ligações. Mas eu entendo. Estava

Para sorte da sociedade sou heterossexual

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Nem imagino o alívio que não será eu ser menos uma pessoa "doente" com quem têm de se preocupar. Posso andar na rua de mãos dadas com o meu companheiro que ninguém me irá olhar de lado. Posso casar sem precisar que aprovem ou não uma lei que o permita, e, melhor de tudo, posso adoptar uma criança. Eu posso fazer tudo isso, ninguém me vai impedir, mas é apenas e só apenas por eu ser uma pessoa "normal". Afinal, que capacidade têm os homossexuais para tomar conta de uma criança? Como podem dois homens ou duas mulheres dar amor, carinho, educação, protecção a uma criança cujos pais, heterossexuais, não foram capazes de dar? Não é correto permitir que essas crianças que são abandonadas tenham possibilidade de ter uma família. Já imaginaram o que seria ter dois pais ou duas mães? Que absurdo! É muito melhor não ter nenhum, é muito melhor não ter quem tome conta deles, quem os aconchegue a meio da noite, quem os proteja, quem os faça feliz. Tão bom um

Laranja? Não, obrigada.

Um ámen para todos aqueles que não entendem o quanto é importante estar sozinho. Estar sozinho, por opção, é não perder tempo com qualquer um, não colocar sentimentos onde não existem, nem forçar a gostar de alguém por medo de estar só. Não faço isso, não mais. Aprendi a ser feliz comigo mesma, a não depender de ninguém. Que ridículo colocar a minha felicidade nas mãos de uma pessoa que a qualquer momento me vai desiludir. Lamento, isso é tão inevitável quanto a morte. Adoro passar os meus serões de sábado à noite a ver filmes até de madrugada, de ir ao cinema, ao ginásio, passear na rua só porque sim. E não me sinto menos que ninguém por fazer tudo isso sozinha. Faço-o porque quero e posso. Aprendi a valorizar o meu tempo comigo mesma, e não abdico dele por conversas banais, por discursos vazios. Que me desculpem todos aqueles que esperavam mais de mim. Perceber o quanto é fantástica a minha companhia, fez com que se tornasse difícil encontrar alguém cap

Pena, de ti.

Quanto mais sei de ti, menos te conheço. Como pode haver tanto cinismo numa pessoa só? São mentiras, umas atrás das outras. É compreensível que a dada altura já te contradigas. Não deve ser fácil sustentar tanta história diferente. É lamentável que haja pessoas assim. São pessoas como tu que nos fazem perder a confiança uns nos outros. São pessoas como tu que tornam amor em ódio. São pessoas como tu que mostram o quanto sou felizarda em ter amor próprio. Tenho pena de ti.  Não por teres ficado sem mim.  Mas por estares com alguém só por medo de ficar sozinho.