Para Sempre Concubina


No segundo após ter dito que o amava, senti um imenso arrepio na espinha e um arrependimento de cortar a respiração.
As palavras mais usadas e aparentemente banais, palavras essas que eu reprimia, tinham agora saído da minha boca!

Eu sabia, eu sabia que me iria arrepender daquele momento. Eu, que era uma vadia sem sentimentos, que sempre tive tudo o que queria lançando charme e iludindo os homens com a minha lingerie e, maior parte das vezes, a falta dela, eu que vivia sobre efeitos hormonais, sobre a adrenalina do momento, e às vezes um pouco de drogas, estava agora a ter "sentimentos"?

Ridículo demais para eu mesma acreditar.
Como podia esperar que ele o fizesse? 

O riso dele após me ter declarado, foi o suficiente para eu perceber que nunca ia passar da prostituta com quem se divertia, que satisfazia todas as fantasias que a sua esposa não aceitava.

Era esse o meu papel, o meu lugar.
Ser a sua concubina.

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