Somos tão carentes que criamos mil e um motivos para acreditar no amor.
Nem todas as grandes histórias de amor surgem de clichés. Algumas começam só porque sim, duram anos sem que se saiba explicar o porquê, e mesmo na renovação dos votos há quem continue sem saber explicar o motivo de passar tantos anos ao lado daquela pessoa.
O amor acontece quando menos se espera. Por vezes surge com a força de um furacão, outras vezes com a força de uma simples brisa.
Por menor que seja a sua intensidade, nunca deve ser negado.
Talvez as coisas estejam predestinadas a acontecer. Ou talvez sejam apenas efeitos colaterais das atitudes que temos, das escolhas que fazemos. Quem sabe?
Ficar à espera que a vida mude por si só é o mesmo que querer ganhar o euro milhões sem nunca jogar. Os milagres podem acontecer mas não desse jeito.
É preciso arriscar, espero que saibas disso.
Há quem não consiga dar um passo sem ter alguém do lado, quem não seja capaz de ir a uma festa sem companhia, quem não ouse viajar só por não ter com quem partilhar as experiências que irá vivenciar. E depois existem aquelas pessoas que fazem tudo isso sozinhas, que não deixam que a sua vida seja restringida nem por um segundo só porque estão sozinhas.
Todos precisamos de alguém que precise de nós. Mas isso não deve ser motivo para ver o amor em todo o lado.
O ser humano precisa tanto de se sentir completo que chega a tornar-se ridículo.
Passamos tanto tempo a arranjar justificações para tudo que acontece à nossa volta, que quando percebemos, estamos a arranjar argumentos para gostar de alguém.
Haverá algo mais triste do que forçar sentimentos só porque sim?
Que me desculpem aqueles que constantemente expressam o seu amor com grandes pormenores, que sentem necessidade de o expor para todo o mundo.
Amor, quando é amor, sente-se, não se explica.
Pobre daquele que consegue justificar o que sente.
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