Quero-te comigo, mesmo sabendo que nunca ficaremos juntos.

Não sei se será correto dizer que me fazes apaixonar por ti todos os dias quando na verdade nunca deixei de te amar. A verdade é que tens razão, pensei uma, duas e três vezes em voltar para ti. Não por não ter outro sítio onde ir, mas porque sei que era contigo que queria estar. Mas tu não facilitas.

Quando sinto a tua falta recorro às pequenas recordações que tenho nossas. Fotografias, cartas, tudo que me faz sentir mais próxima de ti. Confesso que esta nostalgia que me envolve até ao fundo dos meus ossos torna-se dolorosa. A vontade de esquecer tudo, de te voltar a abraçar, de recomeçar, só tu e eu, é tão mas tão grande. Mas não posso. É impossível esquecer todos os teus erros quando os continuas a cometer.

Sei que seria tudo bem mais fácil se fossemos só nós dois. Mas não vivemos isolados do mundo. Seria injusto de minha parte culpar aqueles que entraram a toda a força para o nosso meio, porque só depende de nós fazer por ter o nosso próprio espaço, e não deixar que ninguém o possa invadir, sabes?
Claro que não sabes, senão não o terias permitido.

Hoje reli as tuas dolorosas palavras, quando disseste que eu era uma desilusão para ti, que me ias deixar no teu passado porque nada tinha feito por ti, por nós. Como acreditar que me amas se és capaz de proferir as palavras mais cruéis só para me magoar? Como confiar em alguém que hoje diz uma coisa mas amanhã faz outra?

Como amar alguém que é tudo menos quem me mostrou ser?

Eu sei que aos teus olhos e dos que te rodeiam eu estou bem, estou com a vida feita, que fui uma nódoa na tua vida. Enquanto tu sempre foste visto como o sofredor, aquele que ficou desolado, perdido, sem ninguém. Como sempre te disse, as pessoas nem sempre mostram aquilo que realmente são, que realmente sentem. Somos a prova disso.

Tu continuaste com a tua vida, mesmo dizendo que não o estavas a fazer, e eu estou aqui, parada no tempo, a sentir a tua falta, e a sofrer, não por não te ter, mas por seres um idiota de todo o tamanho e não fazeres nada para que te consiga perdoar.

Hoje só desejo, honestamente, que alguma dessas miúdas com quem te entretens se torne em algo sério, que te faça esquecer de mim, que te faça ir embora de vez. Porque esse teu vai e vem adoece-me. Se não é para ficares, então vai embora, vai e não voltes, só te peço isso.
Consigo viver com a tua ausência, mas não com essa tua mania de mexer comigo e depois me desiludires, mais uma vez, um pouco mais.

Apesar de saber que nunca ficaremos juntos- acho que ambos sabemos disso- continuas a ser a pessoa em quem penso todos os dias, aquele que desejo do meu lado. Acho que sempre ocuparás esse lugar, mas ausente.
Longe da vista e do coração, para evitar mais lamentações e dores desnecessárias.



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