Por tudo o que já foi, pelo que quase foi, e pelo que nunca chegou a ser.


Por tudo o que já foi, pelo que quase foi, e pelo que nunca chegou a ser.
Por tudo o que se perdeu, pelo que quase se teve, e pelo que nunca se chegou a ter na verdade.


Segundas oportunidades são o mesmo que vender um carro e compra-lo novamente anos mais tarde.
Vem com os mesmos defeitos, os mesmos problemas, e a menos que seja para coleção, não nos irá levar muito longe.
Seria demasiada hipocrisia dizer que as pessoas não mudam, porque isso acontece, elas mudam, sim, mas a mudança nem sempre significa que vá ao encontro daquilo que esperamos.

Não se consegue viver duas vezes a mesma coisa. 

Após uma série de avanços e recuos, é plausível que não seja saudável continuar a insistir em algo que demonstra não ter futuro. Ter esperança que alguém molde a sua personalidade à nossa sem estarmos dispostos a que seja mútuo, é o mesmo que saltar de um prédio sem para-quedas, porque independentemente do que aconteça pelo caminho, sabemos que vai acabar mal. E talvez esse seja um dos grandes problemas.

Todos os recomeços são dolorosos.

É preciso muita coragem para dar várias oportunidades, sempre à mesma pessoa. Quando decidimos recomeçar uma história, sabemos exactamente aquilo que nos espera, sabemos com o que podemos contar, e com o que nos vamos desiludir. Mas damos voz àquilo a que chamam de esperança. Esperança que, desta vez, seja diferente, que desta vez haja um esforço de parte a parte para que aquilo que outrora falhou não se torne a repetir. Esperamos que o nosso amor seja suficientemente grande para se dividir em vez de multiplicar, mas não, um não pode amar por dois.

Não devemos esperar alguém que nos complete, mas sim que nos transborde.

Quando decidimos seguir em frente, ou as circunstâncias da vida nos obrigam a tal, não podemos nunca olhar para trás. Porque olhar para trás é como se estivéssemos a deixar algo de nós. Algo maior do que aquilo que já nos fora retirado.

Não lamentemos pelo que se perdeu, pelo que quase foi mas não chegou a ser, pelo que foi embora e não volta mais. Não lamentemos pelas noites perdidas, pelas risadas que se transformaram em lágrimas, pelo cheiro da sua pele que agora não passa de uma memória. Não lamentemos pelas noites em que nos perdemos em conversas e trocas de olhares. Não lamentemos pelo que perdemos mesmo antes de o ter. Não lamentemos, porque lamentar é criar uma guerra interior.

Há determinados sentimentos que podem atormentar-nos, dominar-nos. É necessário nos protegermos. Porque já nada nos resta além de nós mesmos.


"Somos balões cheios de sentimentos num mundo repleto de alfinetes."

Comentários

  1. Gostei, resumindo “Fool me once shame on you, Fool me twice shame on me” :P

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