Laranja? Não, obrigada.

Um ámen para todos aqueles que não entendem o quanto é importante estar sozinho.

Estar sozinho, por opção, é não perder tempo com qualquer um, não colocar sentimentos onde não existem, nem forçar a gostar de alguém por medo de estar só.

Não faço isso, não mais.

Aprendi a ser feliz comigo mesma, a não depender de ninguém. Que ridículo colocar a minha felicidade nas mãos de uma pessoa que a qualquer momento me vai desiludir.
Lamento, isso é tão inevitável quanto a morte.

Adoro passar os meus serões de sábado à noite a ver filmes até de madrugada, de ir ao cinema, ao ginásio, passear na rua só porque sim. E não me sinto menos que ninguém por fazer tudo isso sozinha.
Faço-o porque quero e posso.

Aprendi a valorizar o meu tempo comigo mesma, e não abdico dele por conversas banais, por discursos vazios.

Que me desculpem todos aqueles que esperavam mais de mim.
Perceber o quanto é fantástica a minha companhia, fez com que se tornasse difícil encontrar alguém capaz de se tornar melhor ainda.
Ou talvez nem queira isso na verdade.

Não procuro ninguém, felizmente não sou uma pessoa carente.
Sou mulher, e sou incrivelmente feliz.
Quem entrar na minha vida, se entrar, será para partilhar, nunca para completar.

Que me perdoe o célebre autor que dizia que todos temos a nossa metade da laranja.
Uma pessoa que se contenta com metades é uma pessoa sem amor.
E eu nem gosto de laranja.

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