Quando falamos de amor.


"Amor: sentimento que induz a aproximar, proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou atracção; grande afeição ou afinidade forte por outra pessoa. "


Quando falamos de amor, não falamos apenas de paixão, atracção, afinidade.
Quando falamos de amor, falamos do carinho, dos abraços, dos beijos, das risadas, dos cafunés, a troca de olhares, o desejo, a confiança, a cumplicidade.
Quando falamos de amor falamos de tudo e não falamos de nada.

Não existe altura certa ou errada. Tudo o que chega na nossa vida, vem com um propósito, com um objectivo. E às vezes as flores mais bonitas nascem no meio das pedras.

O amor só chega na altura errada para quem não está recíproco a recebe-lo. 

Existe mil e uma formas de amor, existe mil e uma formas diferentes de demonstrar amor. Na maioria das vezes é algo que não se consegue explicar. Surge no meio de uma tempestade com a última pessoa que imaginávamos, mas acontece, porque tinha de ser assim, tinha de ser desse jeito, tinha de ser com aquela pessoa.

Quando falamos de amor, falamos das conversas pela noite dentro, do interesse, da vontade de querer estar perto, da saudade que surge mesmo antes da pessoa ir embora.

No amor não existe ódio, não existe rancor, não existe indiferença. 

Quando te fecham a cara na porta, isso não é amor.
Quando te tratam como se fosses um boneco encostado na prateleira à espera de haver tempo para brincar contigo, isso não é amor.
Quando colocam qualquer coisa insignificante à tua frente, isso não é amor.
Quando existe um tanto faz, se der deu, senão passa à frente, isso não é amor.

O problema, o grande problema, é que as pessoas confundem gostar com amar. É fácil gostar de alguém que só se vê uma vez por mês, é fácil gostar de alguém quando tudo está bem, quando ambos estão de bem na vida. E quando tudo corre mal? Quando o outro está doente, quando parece que o mundo desabou, onde está o conforto? O colo? O abraço? O "eu estou aqui"?
Isso é amor. Mas nem todos estão dispostos a amar, nem todos estão dispostos a aceitar o amor, mesmo que esteja bem na sua frente.

O motivo das relações terminarem tão rápido não é por culpa das redes sociais, não é por culpa daquela colega de trabalho que vai todos os dias trabalhar com uma mini saia. O motivo pelo qual as relações terminam tão rápido é pela falta de interesse, pelas juras de amor eterno sem antes conhecer a pessoa que está do seu lado, sem antes conhecerem a si mesmos.

Quando falamos de amor, falamos de um sentimento puro, simples, humilde. É tão triste que ele esteja a perder o seu verdadeiro significado, o seu valor. E por falar em valor, qual é a razão válida para se continuar numa relação onde não existe nada disso? Qual é o motivo para se insistir tanto em algo que nem chegou a virar relação?
Devemos saber aquilo por que vale a pena lutar, da mesma forma que devemos perceber a hora de desistir.

Existem pessoas que nos acrescentam, que trazem para a nossa vida tranquilidade, felicidade. E depois existem aquelas que nos sugam todas as energias. E, que me desculpem os ofendidos, mas nenhum rosto bonito deve ser motivo para nos tirar a paz de espírito. Devemos exigir mais que isso, merecemos mais que isso.

Quando falo de amor, falo de mim, de ti, de nós, mas sobretudo de nós. Porque o amor é isso mesmo, são duas pessoas que se unem para ser uma só, por assim o querer, nunca por se sentirem obrigados a tal.

Quando falamos de amor, pegamos em todas as palavras bonitas que conhecemos e mais algumas que procuramos no dicionário, ficamos horas a tentar explicar, mesmo sabendo que nunca o vamos conseguir fazer na realidade. Fica aquele sentimento de que não transmitimos nada do que na verdade sentimos, até que a outra pessoa coloca a sua mão no nosso rosto, e sorri enquanto nos diz "eu também", porque o amor é assim, é cumplicidade, é um sentimento mútuo.

Quando falamos de amor falamos do inexplicável.

Porque um amor que se consegue explicar é um amor pobre. 


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