Mulheres.

A nova geração de mulheres é surrealmente assustadora para aqueles que nos rodeiam.

Não nos incomodam mais os piropos, os assobios na rua ou os comentários sobre o nosso corpo. Mostramos o que temos e não temos, tiramos fotos em poses ousadas se assim o acharmos que devemos fazer, usamos vestidos com grandes decotes e saias a mostrar as coxas. Usamos calças que realçam o nosso rabo e camisolas que realçam os peitos. Isso não significa que somos mais ou menos decentes. Usamos as roupas que queremos, porque queremos e podemos!

Não existem mulheres santas, existem mulheres que se dão ao respeito, e isso não passa por andarem escondidas mas sim por estabelecer limites nas alturas certas.

Quando perdemos horas a escolher um top, uns sapatos, um batom, não é para esperar um elogio do vizinho, mas sim olhar no espelho e invejar a mulher que nele vemos. A forma como nos vestimos é conforme o nosso estado de espírito, é conforme o impacto que queremos ou não causar nos outros. Se saímos de casa com uma roupa mais provocante, temos a plena consciência de que vamos chamar a atenção, e estamos preparadas para lidar com isso.
Desenganem-se se acham que é a vossa aprovação ou não que nos muda o dia.

A mulher é um ser terrível, quando quer, consegue seduzir até aquele que se julga demasiado para ela.

Somos mulheres desinibidas, que não se importam minimamente com aquilo que os outros dizem ou pensam, que não têm medo de ser quem querem ser.

As ameaças de sermos trocadas por outras mulheres não nos intimidam mais. Não temos medo de ficar sozinhas, de sermos mães solteiras, ou simplesmente umas eternas solteironas. Solteiras, nunca solitárias!
Sabemos perfeitamente o que valemos, o lugar que ocupamos, sabemos do que somos capazes, e isso passou a ser um fator intimidativo para os que se julgavam nossos donos.

Somos mulheres, isso já diz tudo.

Fazemo-nos de surdas para os que não sabem o que dizem, e mudas para os que não merecem resposta. Não perdemos tempo com relações tóxicas, não desperdiçamos energias com aqueles que levantam o tom de voz por sentirem necessidade de ser ouvidos, não esperamos desesperadas que alguém nos ame, nos deseje.

Antes de amar quem quer que seja, amamos a nós mesmas, somos completas, e aquilo que recebemos dos outros é um acréscimo, nunca uma necessidade.

As mulheres do nosso século são profundamente ameaçadoras, independentes, poderosas.
E ainda bem.

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