Muda, e o mundo muda contigo.

Chegamos àquela altura do ano em que começamos a fazer um balanço dos últimos doze meses. Lamentamos tudo o que correu mal, refazemos as nossas prioridades, fazemos novos planos, promessas, juras de amor eterno, e esperamos, esperamos que na meia noite do dia trinta e um de Dezembro todos os nossos pedidos sejam ouvidos e que o próximo ano seja ideal.

A ilusão começa quando achamos que comer doze uvas passas vai realizar os nossos sonhos. 

A mudança acontece quando fazemos por isso. E se estes últimos dias fizessem todos os outros meses valer a pena? Porquê esperar por começar um novo calendário quando ainda há tanto para fazer antes de virar a página? Porquê adiar o que temos medo de enfrentar?

Pára, senta e respira. Perdoa tudo o que for perdoável, aceita o que não for, pede desculpa a quem sentes que o deves fazer, deixa para trás quem te impede de seguir em frente. Só serás feliz quando a tua alma estiver em paz, quando deitares a cabeça na almofada e nada te impedir de adormecer no minuto a seguir, quando o teu único cansaço for físico e toda a tua concentração estiver focada no que realmente importa.

Aceita o que mereces.

Não deixes que o teu bom humor seja afetado pela má disposição dos que te rodeiam, não te permitas abdicar dos teus princípios por quem não os possui. Pessoas que elevam muito o tom de voz são pessoas vazias, pobres em espírito, que precisam de atenção a todo o custo.

Evita dramas, mentiras e desculpas.

Não cries ilusões de que terás trezentos e sessenta e cinco dias de pura tranquilidade, isso não vai acontecer, mas quanto mais estável estiveres, mais perto de realizar o improvável estarás.

Então ri, chora, grita, ama. Mas não esperes pela mudança do ano, não deixes o teu futuro pendente de umas uvas que provavelmente nem gostas do sabor.

Muda hoje, amanhã, quando quiseres. Mas muda, porque quando o fizeres, o mundo irá mudar contigo.

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